Acompanhando os Jogos Olímpicos em andamento, o Pavilhão Tóquio 2021 convidou arquitetos e artistas japoneses, incluindo Kazuyo Sejima, Sou Fujimoto, Junya Ishigami e Yayoi Kusama, para imaginar nove estruturas temporárias a serem instaladas em diversos locais ao redor do Estádio Nacional, projetado por Kengo Kuma. A iniciativa mostra intervenções experimentais na paisagem urbana que ilustram uma visão lúdica do espaço público. Também participam do projeto Terunobu Fujimori, Akihisa Hirata, Teppei Fujiwara, além dos artistas Makoto Aida e Daito Manabe + Rhizomatiks.
Uma fina superfície de água em um jardim, nuvens flutuantes e um teatro de rua são algumas das instalações que ocupam os espaços públicos em Tóquio. Kazuyo Sejima projetou um singelo córrego de água no Jardim Hamarikyu, refletindo o céu e a vegetação. Sou Fujimoto trouxe seu conhecido interesse por nuvens com dois pavilhões flutuantes, enquanto Yayoi Kusama criou um espaço em branco para ser coberto por adesivos pelos visitantes.
A casa de chá Go-an projetada pelo arquiteto Terunobu Fujimori mostra uma série de referências na arquitetura tradicional japonesa, reinterpretando a porta de entrada de salões de chá tradicionais e fazendo uso de cedro carbonizado. Este último também é destaque no pavilhão de Junya Ishigami, que recria uma paisagem de copas de árvores. O artista Makoto Aida propõe dois "castelos" feitos de papelão, fazendo referência às estruturas japonesas de resposta a desastres naturais.
Akihisa Hirata projetou uma grande estrutura em forma de taça que reflete o caldeirão de nacionalidades e origens reunidos pelos Jogos Olímpicos. Ao mesmo tempo, o teatro-jardim de rua proposto por Teppei Fujiwara oferece mais uma oportunidade para as pessoas interagirem no espaço público. Uma intervenção adicional é a do artista Daito Manabe, feito em parceria com o Rhizomatiks, que retrata uma imagem de Tóquio gerada por inteligência artificial usando vários dados coletados durante o ano de pandemia.
Em exibição até 5 de setembro, o Pavilhão Tóquio 2021 é um projeto iniciado pelo Governo Metropolitano de Tóquio, Conselho de Artes de Tóquio e o museu contemporâneo Watari-um como parte do Festival de Tóquio, uma série de programas culturais paralelos aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Conforme declarado pelos organizadores, os visitantes poderão descobrir as estruturas temporárias dentro da área do Estádio Nacional como uma caça ao tesouro.
Também em exibição em Tóquio por ocasião das Olimpíadas, The Constant Gardeners, uma instalação de arte pública desenvolvida pelo Jason Bruges Studio, apresenta quatro braços robóticos que produzem obras de arte usando dados dos jogos em tempo real.